8 de novembro de 2010

WOODEN SHIPS


E as décadas vão passando como um acrílico fosco, sem muita distinção do que foi e do que é. Eu vejo traços rasgando centenas de horas e minh'alma acorda aos poucos.

Festejo minhas evoluções e recrimino meus vícios. Alegro-me com sólidas mudanças de hábito, mas abomino minha auto infidelidade. Falta entrelaçar meu corpo às minhas capacidades.

Falta alinhar minha mente com os planetas distantes onde quero chegar. O navio precisa de reforma, mas vive no meio do mar: enquanto não há cais, o que resta é navegar.