13:06 // a ansiedade e os fatos são como uma persiana descompassada que oculta o sol só pela metade. as peças espalham-se sobre a mesa numa bagunça auto induzida. queremos botar fogo, aniquilar tudo o que fomos e, através do calor, manter apenas o que é íntegro em suas propriedades. os gases da atmosfera misturam-se, longe, como o tempo que passa sem motivo aparente e nos faz questionar continuamente. pele, corpo, direção e alívio. senso de propriedade aliado a responsabilidade. de onde tiramos força para evocar as estrelas do céu? de onde vem a maré que nos empurra quando precisamos? auto engano, caixola cheia, pseudo vontades convertidas em um novo quadro concreto. a razão deve vencer, mesmo sem atalhos // 13:16
24 de janeiro de 2012
22 de janeiro de 2012
GREENWICH VILLAGE
Dois copos vazios, o vento do ventilador esbarrando nas cápsulas da mesa, um mini império de madeira escura, o céu nublado e uma procissão de indecisões ajoelhadas, em silêncio, cercando as necessidades físicas. O violão não é uma máquina de matar fascistas, minha casa não é habitat natural de escorpiões em ponto de acasalar. Ando de óculos escuros na escuridão imaginando poupar meus olhos da luz no túnel que não estou acostumado a ver. Sobra-me a convicção de uma aranha que deseja resguardar seus ovos vislumbrando o futuro de sua aracnídea espécie, falta-me o sentido da reprodução. A segurança excessiva dos recursos não dá vazão verdadeira ao trabalho, sobra o tédio. A única fé remanescente é aquela de achar um norte entre tantos sudestes cinzas e poder competir, mesmo não sendo um puro sangue.
20 de janeiro de 2012
IT NEVER ENTERED MY MIND
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