Não fumo cigarro, nem cachimbo.
A ansiedade do vício não preenche as horas.
Arroz, feijão, salada, calabreza e fritas.
"Um comercial, por favor, com um suco de laranja, pra agora!"
Pago pra comer comida de bar, daquelas que duram horas no estômago.
E ainda está aqui, me fazendo lembrar do almoço na hora do jantar.
A chuva devolve a realidade. O céu nublado entrega a melancolia via sedex.
O sistema nervoso desregula, a cabeça coça sem Denorex.
A alma acha o corpo estranho e o mantém inerte, sem andar.
Como alguém que perde a sunga no mar.
Espero por um parêntese, uma emersão, um alento.
Levantar.
E continuar andando em silêncio.
19 de outubro de 2009
8 de outubro de 2009
DOWN
É.
Somos frutos das nossas decisões, diria uma árvore temporal.
Olho a foto de um menino de 6 anos na parede, de ingenuidade pura e espírito indefeso.
Estudou a vida inteira, brincou como qualquer um.
Fez escolhas durante a vida: seguiu e ignorou conselhos. E é feliz?
Enfim.
Recebi a maravilhosa notícia de que o filho de um amigo nasceu, mas em pouco tempo esqueci: "Tá pronto? Tô mandando outro pra você, hein! E aí?"
A notícia caiu no esquecimento porque clientes mimados queriam coisas prontas no prazo.
A chuva, que deveria limpar a rua, fez brotar lixo dos boeiros, que enxarca as calçadas de sujeira.
E, inclusive, três miseráveis durante o caminho me chamaram a atenção: "Se puderem contribuir eu agradeço!" / "Um trocado para o alimento, senhor" / "Por favor, um minuto, garoto, vem aqui."
As decisões que tomei caem como uma lápide na cabeça, e me deixam tonto.
A tristeza domina, a carne é fraca e a gente se apega a qualquer vício.
A gente de desespera porque as coisas tomaram outro rumo, e os sentimentos que nos inspiram e nos dão confiança caem como um pão de forma com o lado da geléia pra baixo.
As filas quilométricas, a garoa na cara, as tarefas ordinárias, esqueço o guarda chuva, o sistema do bilhete único caiu, a senha do seguro não dá porque os bancos estão em greve, o seu ônibus vai embora quando você tá chegando no ponto. Sempre.
Quando as conveniências do sistema não funcionam, a gente se fode.
"Vou parar de andar com você. Você é muito zicado!" - minha namorada.
Somos frutos das nossas decisões, diria uma árvore temporal.
Olho a foto de um menino de 6 anos na parede, de ingenuidade pura e espírito indefeso.
Estudou a vida inteira, brincou como qualquer um.
Fez escolhas durante a vida: seguiu e ignorou conselhos. E é feliz?
Enfim.
Recebi a maravilhosa notícia de que o filho de um amigo nasceu, mas em pouco tempo esqueci: "Tá pronto? Tô mandando outro pra você, hein! E aí?"
A notícia caiu no esquecimento porque clientes mimados queriam coisas prontas no prazo.
A chuva, que deveria limpar a rua, fez brotar lixo dos boeiros, que enxarca as calçadas de sujeira.
E, inclusive, três miseráveis durante o caminho me chamaram a atenção: "Se puderem contribuir eu agradeço!" / "Um trocado para o alimento, senhor" / "Por favor, um minuto, garoto, vem aqui."
As decisões que tomei caem como uma lápide na cabeça, e me deixam tonto.
A tristeza domina, a carne é fraca e a gente se apega a qualquer vício.
A gente de desespera porque as coisas tomaram outro rumo, e os sentimentos que nos inspiram e nos dão confiança caem como um pão de forma com o lado da geléia pra baixo.
As filas quilométricas, a garoa na cara, as tarefas ordinárias, esqueço o guarda chuva, o sistema do bilhete único caiu, a senha do seguro não dá porque os bancos estão em greve, o seu ônibus vai embora quando você tá chegando no ponto. Sempre.
Quando as conveniências do sistema não funcionam, a gente se fode.
"Vou parar de andar com você. Você é muito zicado!" - minha namorada.
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