1 de novembro de 2011

QUEM SABERIA PERDER?


- Desde pequeno eu estou por aqui, na mesma vida que sempre aprendi.

"Ela desceu do salto". Mochila presa entre as pernas e Ivan Lins no rádio AM, baixinho. Assento preferencial, registro na nuvem, tá tudo certo, sem pressa, estou lá fora te esperando, beijo, tchau.

Voa tristeza, voa vento, voa tempo.

All Star vermelho da Rebouças pro Morumbi. O cheiro na Vila Olímpia é insuportável. Perfume doce, biquinho, glitter, marcação na foto, tela de 24', vício dos pixels. Bons modos, bons costumes.

- O cavaleiro na estrada sem fim, o contador de uma historia de mim.

Revólver, boina, colete, calça bege. Véspera de feriado, lua repartida, cara de cavalo, cabeça na cama, sangue nos lençóis. Bottom do Bob Marley. Ainda não sei a resposta. Sufoco.

- Vivo do que faz meu braço, meu braço faz o que a terra manda.

Jaqueta de frio em Novembro. Importaram o inverno da gringa. Cavanhaque, capacete, dribles nos retrovisores, buzinas de sobreaviso, solidão de inventar vidas.

- Qual de nós não carrega no peito um segredo de amor escondido?

Bolo de cenoura, cigarro na roupa, copo vazio, cheiro de sabonete, pijama quentinho. Vamos dormir? Amanhã é feriado, dá pra dormir, andar, deitar na grama, sentir frio e calor. Boa noite.

- Quem nunca levanta de noite querendo de volta o perdido?

Um comentário:

  1. "= Quem nunca levanta de noite querendo de volta o perdido?"

    pois é, mariel. foda.

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