19 de agosto de 2010

REALISMO CONVINCENTE



Luz e sentido e palavra e palavras, rasgadas. Quero a paz das decisões acertadas, já que tem sido quase certo decidir errado. Aliás, quase tudo tem sido quase. Vai sentir o ardor do sol no frio, sentir as ciladas da temperatura e o calo tíbio das pessoas.

Mezzo calado, mezzo sentado, nas horas dos dias passados como uma coruja de azar que grita no ar, pendurada, perfurada nos olhos, como ele, ela, mi, su, tal, qual, quando... na parede densa do cabelo de nervos, quem prevê além do que se vê ? Vai ver..

Só afasto, me afasto, afinal, com a sua permissão, quero um pouco de isolação. Vou viver um pouco fora dessa falsa insolação de inverno: preciso de um terno discreto, apagar a luz, tirar o fusível, viver invisível até saber por qual caminho de descalços devo andar. Tanto percalço pra dizer pra vida o número que calço.

A pé, de carro, de horas e ponteiros, eu vou. Meu caminho é só meu, mas todo mundo vai junto. Sem mistério. Ninguém esquece. E toda essa sujeira? Ah, não faz essa cara. Até parece que você não conhece. É tudo besteira, tudo asneira, tudo sem pé, nem cabeça. Troco um por outro, pago caro e não tem troco, rolo ou diferença.

2 comentários:

  1. Bem vindo ao clube dos quase...
    Fica bem ai mocinho!
    Bjos

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  2. quer saber de algo bem belo e cafona?
    hoje eu pensei, lembrei, e senti mta falta de vc.

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