7 de outubro de 2010

QUALQUER BOBAGEM


Não chegue perto de mim, não precisa falar, não queira me agradar, queira, queira apenas um gole, um sobrevoo pelas avenidas movimentadas de suas perguntas. Não decida, nem pense. Pra quê pensar se o que sente é completo, preenchido, convicto em sombras de árvores amigas, frutos puros, grama verde e garantias vazias.

Não negue, nem se ofereça. Não queira se guardar, não queira se mostrar. Queira, queira. Flutue pelas idéias alheias. Dissemine suas verdades construídas em quociente alto, mente vasta e vasos quebrados. Navegue até certo ponto porque o resto é acaso.

Escute esta canção ou qualquer bobagem. Entorte sua cartilagem para ouvir de novo, ainda que não seja a solução. Gesticule, use a mão, mas nem sempre ouça o coração. Sei lá! Com toda essa mudança de rotina, de marchas, de vida, não preciso de mais nada, nem problemas, nem atenção. Ama-me ou deixe-me em paz.

Deixe-me com minhas sobras de sabedoria para guardar o que penso da vida. Caso contrário, palavras são perdidas, letras se esvaziam em desabafo danoso e petições em descaso culposo. Hoje descobri que andar sozinho é guardar tudo no coração. Saber pra onde ir é apontar a própria direção. A sua opinião é muito importante para nós, mas não dependo disso para desatar meus nós.

Um comentário:

  1. "E o resto? | Bobagens, meu filho, bobagens | Bobagens, meu filho, bobagens | Tolices, criancices."

    Close to the edge & closer to the heart.

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