21 de agosto de 2011

CANTO DA CORUJA


Mais uma noite de luzes amarelas, brancas, negras, foscas, eufóricas. Traição, tradição, bom, correto, fim. O sol, a gravidade que puxa tudo para baixo, num instante. NÃO!. Nada está assim. Tac. Tuc. A sobra dos que estão.

São novamente quatro horas. Todo mundo dormindo e eu voltando pra casa. Feliz. Estou feliz e infeliz ao mesmo tempo. Não fui feito para viver o Tom Cruise no Vanilla Sky. Se fui, sou aquela cena do amputado tomando remédios num quarto (sem tomar remédios, sem tendências suicídas, só levemente melancólico).

Meu cerebelo precisa despejar mais substâncias motivadoras no sentido de que a vida pode ser eterna mesmo que não seja. Preciso continuar fazendo as coisas.

Passo o dia cheio de gente em volta. SIM! Hoje o dia foi bom. Não estou reclamando, não vou reclamar. Minha vida é apegar, apagar, apegar, apagar, escolher, fazer, escutar, falar. Um dia, vou repousar no canto de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar. Vou esperar. E vou ficar bem.

Meu coração é um bloco encapsulado. Esse teclado não tem acentos. Tenho esse lance de me entregar demais em toda relação que tenho, nas proporções que merecem, no lugar em que estiveram.

Ninguém precisa mais sofrrer. Não estou mal assim. Nada é eterno. Nada nunca foi eterno. Amanhã começo o novo, de novo. Adeus aos que ficam. Bem vindos os que me acompanham.

2 comentários:

  1. Todo mundo sofre pelas mesmas coisas.
    mas nossa dor é sempre maior...pq é nossa.

    Você vai ficar bem, tenho certeza.

    quando quiser, estamos ai para um café e alguma conversa.

    =**

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