24 de fevereiro de 2012

AMOR


às vezes, precisamos de uma firme sensação de isolamento, sem que ninguém contraste com nossos universos já tão complexos e difíceis de lidar. às vezes, nos entregamos a simplicidade de construir pontes ao invés de paredes, abandonamos nossas convicções fiéis e nos abrimos a abismos de pessoas que mal conhecemos. às vezes sondamos pessoas como um ato pouco nobre de estabelecer critérios e preenchê-los, numa checagem mutável, imatura, instintiva e, muitas vezes, continuamos sozinhos abraçando a causa do auto controle, nos transformando em seres densos dentro de buracos fundos protegidos pela própria satisfação.

a intersecção entre uma ou mais pessoas é um grande projeto de engenharia, onde as partes vão se encaixando, os lastros vão se ajustando, flexíveis, para que toda a estrutura continue forte em instantes tempestuosos. a natureza divide, multiplica e o homem (grande em valor) deve unir, apesar de tudo, em primeira instância, seus próprios pedaços para identificar no outro verdadeiras partes de si. do resto, o amor cuida, sem medo de dar certo.

4 comentários:

  1. "às vezes, nos entregamos a simplicidade de construir pontes ao invés de paredes, abandonamos nossas convicções fiéis e nos abrimos a abismos de pessoas que mal conhecemos."

    E aí quando conhece, ferrou. Porque a gente já não sabe como lidar e não sabe como viver sem. :(

    ResponderExcluir
  2. na simples e suave coisa
    suave coisa nenhuma

    (:

    ResponderExcluir
  3. Amor é uma mentira que contamos para nós mesmos e para os outros.

    ou não.

    :)

    ResponderExcluir