15 de março de 2012

REICHSWEHR


nas estacas cravadas, na arena de barro, declínio de barricadas em solo quente \ contrato sem cláusula, pacto de sangue, irmãos de armas usam suas mãos pertinentes \ enterram matéria da mesma espécie, afogam as fardas em sangue e pranto \ retiram as cápsulas alojadas, reúnem os artefatos, separam as cartas de seus conterrâneos

os muros tornam-se apoio de pé, cravejado de orgulho, poder irrestrito, trono uníssono de ordem absoluta \ casas, porta retrato, ruínas carbonizadas, civis e braços erguidos em ajuda \ tropas cruzam os restos de tudo, preto no branco, olho por olho em seu centro visceral \ a força em domínio, a expansão das terras, o objetivo estimado, o crescimento exponencial

minha casa é meu território, o poder é meu amigo, o mundo rende-se em sua pequenez \ venho por meio desta pedir sua rendição, acordar a capitulação em meu jogo de xadrez \ a justiça corre ao meu lado, meus conceitos são válidos, o caminho é coerente, a raça é forte \ a verdade percorre em tanques escuros rumo à luz, luto pela pátria-mãe até a morte

crescemos em meio ao contingente, brincamos protegidos marchando rumo ao castigo \ toda guerra tem um motivo relativizado, fizemos do custo um preço ofensivo \ a operação abasteceu métricas que variam entre o pouco, o muito e o normal \ por todo canto existem humanos competitivos em sua natureza incondicional

a batalha avança, fecha os cercos em forma de calotes e bolsas em queda \ os suprimentos das divisões alertam os empresários com uma luz amarela \ o mérito da inteligência produz frutos de espionagem industrial e guerra cambial \ para o privilégio da vantagem ante a troca, o sistema imperfeito é o modelo ideal

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