3 de fevereiro de 2009

FAÍSCA


Toca um som pra mim?

Daqueles de arrebatar e fazer tudo explodir?

Toca aquela que te coloca numa dimensão obscura e te leva desse lugar?

Sim. Eu vou tocar.

Para você e para todas essas almas apodrecidas ansiosas por algum momento de ressurreição.

Vou tocar para aquelas frustradas, derrotadas por suas próprias expectativas.

Vou tocar para as vadias que me deixaram pra baixo.

Vou tocar para os indecisos encontrem as respostas.

Vou tocar com força e devastação, para varrer o amor deste lugar.

Para impregnar o ódio e deixar fluir a agonia.

E depois, este lugar será vazio.

Nos cantos dessa estrutura estará registrado os clamores perfeitos e os gritos de desespero.

E os morimbundos voltarão para casa, encharcados de suor.

Chegarão aos redutos marcados pela infelicidade latente.

Adormecerão aos barulhos sincronizados de alguns caras que inquietaram os sensores nervosos.

É melhor que tudo desapareça.

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