18 de fevereiro de 2010

ZERO DAYS OF PEACE

Os dias vão passando, e fragmentos de experiências passadas a cada ano vão se acumulado na memória como um computador inconveniente que decifra bobagens, recupera traumas e nos devolve um dicionário de lições aprendidas por caminhos tortuosos.

Agora, dentro desse labirinto de sensações visuais, auditivas e sensitivas que une passado e o futuro, tento unir as coisas que aprendi com aquilo que quero: aceitar a existência como algo positivo, partilhar paz, cultivar saúde espiritual, física e mental e encarar os problemas mundanos com toda a dignidade.

Sinceramente, não sei de onde tiro forças. Não sei até onde isso vai. A única coisa que parece cristalina e clara é onde quero chegar. E o depois do depois, só o tempo. Depois ainda, só meus cabelos brancos, chaqualhando na atmosfera numa 'carrera' atrás de um volante, correndo com meus próprios pés ou com as mãos gerando sons de diferentes tons.

A fase não é fácil. Repito: A fase não é fácil. A consciência grita e esgoela como uma sirene tardia, que avisa e remedia sem prevenir. Tempo, alta-fidelidade, disciplina, foco, atenção: todas essas coisas que me faltam devem virar pontos fortes que não sei se um dia terei, e que um dia fizeram parte de alguém empenhado e motivado naquilo que fazia.

Meus pontos fortes e fracos não significam nada perto da quantidade de pessoas que sofrem de necessidades fisiológicas. Todos precisam comer, viver, cagar e até morrer em paz.

Ah, a paz. Um dia eu chego lá.
Um dia eu consigo, nem que seja incompleta.
Mesmo que seja uma experiência oscilante.
Que a paz, ao menos, seja um objeto cortante, que divida o sucesso do fracasso.
Que devolva alguma alegria e alivie meu cansaço.

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